A duração dessa pausa costuma ser de 10 a 15 segundos na maioria das vezes, para que o piloto possa retornar a pista rapidamente, e essa é a ideia que o SMED traz para a linha de produção de uma fábrica.
PIT STOP atualmente, tempo:0:02 a 0:06”
A sigla significa “Single Minute Exchange of Die”, traduzindo para o português, “troca rápida de ferramenta”, é uma das ferramentas de gestão da produção enxuta do Lean, e na indústria exerce um papel muito parecido com o pit stop da Fórmula 1, atua reduzindo ao máximo o tempo gasto no processo de Setup das máquinas – que é uma atividade muito presente no cotidiano das fábricas, e demanda muito tempo dos operadores, trocadores, reguladores etc. É um período de preparação da máquina, utilizado para realizar ajustes e trocas de ferramenta de um processo para que possam entrar outros produtos na linha de produção.
Essa ferramenta surgiu na década de 60, e foi desenvolvida por um japonês chamado Shigeo Shingo que na época estava tentando desenvolver uma solução para alguns problemas de produtividade, que enfrentavam as prensas de uma das fábricas as quais ele prestava consultoria.
Por meio dessa análise feita por Shingo, foi possível perceber que o principal motivo que atingia a produtividade das máquinas era o tempo utilizado na preparação delas, a partir dessa percepção procurou-se identificar e medir o tempo gasto em todas as etapas, e estas foram divididas em duas categorias:
- Operações internas, por exemplo, montar e desmontar as ferramentas que são atividades que fazem com que a máquina fique parada;
- Operações externas, por exemplo, trazer a ferramenta, a matéria prima e os insumos para perto da máquina. Esse é o tipo de operação que deve ser feita enquanto a máquina está em produção.
Após essa divisão, o próximo passo foi definir detalhadamente os procedimentos para as operações externas, assim, tudo que fosse necessário pra fazer a troca de ferramenta estaria devidamente disponível no exato momento da conclusão do turno anterior.
Após isso, Shingo definiu que era preciso tentar transformar as operações internas em operações externas e fazer com que os procedimentos que precisam ser executados com a máquina parada, fossem otimizados e sistematizados. E os passos seguintes foram realizar a identificação de alterações técnicas que pudessem permitir a diminuição ou eliminação do maior número possível de operações internas.
Aplicando a ferramenta de forma correta, poderão ser obtidos inúmeros benefícios, por exemplo:
A automação dos apontamentos de produção, auxiliam na realização e implementação mais linear de um plano de SMED, à medida que oferece informações com mais qualidade, enquanto promove, no setor de produção, uma postura voltada a proatividade. Isto porque gestores e líderes, dos envolvidos no processo de SETUP poderão tomar uma ação rápida de correção em caso de atrasos com relação ao tempo estimado da troca.
Além disso auxilia para que o grupo tático e estratégico da empresa tenha um tempo maior para planejar, uma vez que, por estar armazenadas em tabelas padronizadas do sistema, o tempo gasto para levantar as ocorrências, será tocado pela a apuração e investigação destes eventos na produção.
O passo seguinte será o compartilhamento das informações com os demais gestores, dos setores de apoio à produção, criando assim um ambiente que favoreça a troca de ideias produtiva entre as áreas e evidenciando o que impacta na ociosidade da máquina, em que por sua vez, se encaixa na categoria de operações externas do SMED.
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Obrigado pela leitura e até uma próxima.