Embora as coisas tenham voltado parcialmente à normalidade ao longo do último ano, fato é que vimos em 2021 um ritmo acelerado de mudanças e inovação.
A pandemia afetou consideravelmente a maneira como trabalhamos, sobretudo como deverá ser a continuação do trabalho em um cenário onde não estamos fisicamente presentes em tempo integral.
Contudo, quando trazemos essa realidade para o setor industrial, novos desafios surgem, a exemplo da necessidade de garantir resultados, entrega de pedidos, produção otimizada e conciliação às novas tecnologias que se agigantam diariamente, como é o caso da automação industrial.
Pensando nisso, a GTR identificou a importância de falar sobre a evolução da automação nas indústrias em 2022. Para isso, trazemos 5 tendências para sua organização se ajustar e alavancar resultados!
A IIoT (Internet das Coisas Industriais) viabiliza a elaboração de incontáveis estratégias otimizadas de engenharia, como:
Especialistas têm registrado balanços positivos quanto às tecnologias focadas no monitoramento de condições, ao passo em que compreendem seu funcionamento e os principais benefícios.
O monitoramento de condições acompanha fatores particulares de uma máquina, como temperatura e vibração, usando uma matriz de sensores IIoT.
Por sua vez, estes identificam possíveis alterações operacionais que indicam falhas em desenvolvimento e transmitem alertas do sistema e ações corretivas.
Portanto, é de extrema utilidade em elementos como motores, prensas, bombas e compressores, além do que, temos uma gama considerável de parâmetros que podem ser monitorados.
A análise de dados relacionada ao monitoramento em tempo real também se estende a uma análise de desempenho mais abrangente, como a utilização das máquinas, ciclos e horas de funcionamento.
Podemos dizer então, que o monitoramento de condições é fator crucial para estimular a manutenção preventiva, pois permite que programas de reparo sejam agendados com antecedência, que anormalidades sejam identificadas e ações preventivas sejam implementadas.
Com tantos sensores integrados à produção automatizada, as máquinas passam a realizar uma avaliação do seu próprio status.
Na prática, isso garante que o feedback instantâneo levará de forma automática a uma solicitação de manutenção do equipamento antes que o problema atinja um estado crítico irreversível.
Como resultado, há redução do tempo de inatividade dos equipamentos e redução de custos. Em alguns casos, será possível que as máquinas possam realizar sua própria manutenção, claro, desde que o conjunto de tecnologias e softwares sejam implementados, como a Plataforma MES.
Quando falamos em tecnologias de IIoT avançadas, devemos considerar a geração elevada de dados, coletados e geridos de forma ininterrupta e em tempo real.
Isso continuará como uma das principais tendências de automação industrial em 2022, à medida que as empresas adquirem expertise para explorar seu potencial.
Nesse sentido, o Big Data refletirá cada insumo e ação do processo de produção automatizado, que pode então ser analisado ou armazenado para análises posteriores.
A análise de dados, por sua vez, poderá identificar falhas em um processo, gargalos nos procedimentos, além de avaliar o ciclo de vida total dos equipamentos.
Inclusive, essa tecnologia viabiliza que as indústrias vejam exatamente o que está acontecendo no chão de fábrica minuto a minuto. Por conseguinte, os analistas produzem modelos de planejamento e previsão assertivos, visando melhorar a produtividade e a lucratividade.
Organizações maiores poderão agregar e integrar dados de distintas instalações de produção, a fim de gerar uma imagem mais abrangente das operações.
Por fim, é válido dizer que tais processos podem ser otimizados ainda mais por Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning (ML).
A IA permite que máquinas e equipamentos sejam capazes de tomar decisões independentes e realizar tarefas racionalizadas.
Em contrapartida, a tecnologia Machine Learning vai além, já que oferece às máquinas a capacidade de aprender com suas próprias atividades para melhorar suas definições próprias, especialmente quando os algoritmos se tornam mais sofisticados.
Atualmente, é possível gerenciar um chão de fábrica sem qualquer interação humana, embora não seja ideal em algumas indústrias. Ao longo dos meses, as indústrias poderão integrar aplicações de realidade aumentada e realidade virtual.
Então, combinar essas tecnologias com IIoT e IA oferecendo grande potencial em diferentes áreas da indústria, tais como:
O uso de realidade aumentada nas etapas iniciais do desenvolvimento de produtos, por exemplo, viabiliza a iteração virtual de designs de produtos sem comprometer custos recorrentes de prototipagem.
Diante disso, à medida que os produtos ganham complexidade, seus componentes podem aumentar em quantidade e diminuir de tamanho, resultando em processos de fabricação mais complexos e desafiadores.
Nesse contexto, alguns processos de montagem serão auxiliados por instruções operacionais orientadas por realidade aumentada, de forma a acelerar e eliminar erros, ao passo em que reduz a pressão no trabalho dos profissionais.
Em outras palavras, é trabalhar com mais inteligência, autonomia, otimização e menos custos recorrentes desnecessários, isso sem contar a margem estimada para gerar resultados que impactam na evolução da indústria!
Com o avanço da IIoT e maior conectividade, há uma dependência inerente em investir em softwares complexos.
Por outro lado, conforme há mais sistemas conectados, mais atraente se torna para cibercriminosos causarem danos e prejuízos ao hackear sistemas industriais, spear-phishing ou na instalação de ransomwares.
Não à toa, temos casos registrados onde indústrias inteiras são derrubadas e dados operacionais, comerciais, pessoais e de colaboradores são “sequestrados”, sendo liberados mediante pagamentos astronômicos.
O aumento das ameaças e as altas despesas relacionadas às violações, têm levado fabricantes e desenvolvedores de equipamentos e softwares a incorporar medidas de segurança cibernética mais rigorosas e complexas, visando coibir presenças mal-intencionadas.
Além disso, as empresas estão aprimorando o treinamento dos colaboradores e oferecendo uma comunicação mais aproximada e multilateral com clientes e fornecedores, de forma a combater incidentes de segurança cibernética.
Claro, todas as tendências mostradas aqui hoje, são apenas a “ponta do iceberg” quando falamos em tecnologias que ainda surgirão ao longo dos meses. Porém, é fundamental ficar atento e implementar tudo que estiver ao seu alcance.
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